A supervalorização das microinterações com a marca

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Todas as empresas estabelecem uma relação de interação com os seus consumidores, certo? 

Seja comercializando um produto ou serviço, toda marca proporciona experiências de usuário, pois tem sempre alguém do outro lado que está tendo contato com ela. 

E, sim, dedicar tempo e esforços a fim de melhorar as interações é muito importante. 

Foi disso que surgiu o conceito de microinterações, para tornar a experiência do usuário mais estimulante e reforçar as suas decisões. 

Mas, o que acontece quando a marca fica focada nessas experiências e microinterações, supervalorizando-as? 

Nenhum extremo deve ser aplicado, por vezes é mais vantajoso deixar as coisas mais simples. 

Confira tudo o que separamos sobre o assunto:

  • Entenda o que são as microinterações
  • Microinterações X Funcionalidade
  • Holofotes voltados às microinterações pode ser ruim
  • Então, o que devo fazer? 

Entenda o que são as microinterações 

O termo microinterações é bastante sugestivo, não é? 

Trata-se das pequenas interações da marca com o usuário que possibilitam que ele conclua uma tarefa ou receba um feedback sobre ela. 

Para exemplificar e tornar o seu entendimento mais fácil, pense no ambiente digital – afinal, é principalmente nele que as microinterações ocorrem. 

Quando você dá um like em uma publicação no Facebook, há uma animação que, sutilmente, reafirma que você curtiu aquilo. 

Outro tipo de microinteração é quando começamos a digitar algo na barra de pesquisa do Google e surgem sugestões do que poderíamos querer buscar. 

A ideia central é que elas facilitem a experiência do usuário. 

Mas, não, as microinterações não estão somente no mundo digital. 

Algumas interações offline já estão no nosso dia a dia e são, com toda certeza, muito úteis. 

Um exemplo é o complemento sonoro que recebemos quando o tempo do forno de cozinha termina e ele apita. Ou quando a torradeira avisa que o pão está pronto. 

O carro também produz um barulho quando você ativa a seta para a direita ou esquerda. 

Apesar de serem situações simples e corriqueiras, elas podem ser consideradas como microinterações. 

Isso porque estimulam o usuário a concluir uma ação – como tirar o pão da torradeira – ou reforçar a escolha tomada – como concluir o movimento para levar o carro para uma das direções. 

No entanto, não confunda microinterações com funcionalidade! 


Microinterações X Funcionalidade

Ao citar os exemplos da nossa rotina, pode até parecer que ambos os conceitos dizem respeito à mesma coisa. 

Mas esse não é o caso. 

Quando falamos em funcionalidade, tratamos de algo muito mais profundo: é o conjunto de tarefas que tornam aquilo funcional. 

Ou seja, é o que permite que o usuário consiga utilizar o produto da empresa. 

Já as microinterações são superficiais e, para falar a verdade, em alguns momentos, desnecessárias. 

Isso porque, você não depende delas para conseguir desempenhar algo, e receber um feedback muitas vezes não agrega em nada. 

Por isso, falaremos sobre a supervalorização dessas interações!


Holofotes voltados às microinterações pode ser ruim 

Sim, toda essa conversa tem a ver com o tópico anterior. 

A grande questão é que, nos últimos tempos, com a popularização do ambiente digital, muito se tem falado sobre a experiência do usuário. 

E as microinterações são, sim, sobre o usuário e como ele pode se sentir estimulado a confirmar ou concluir uma ação. 

Com todos os holofotes direcionados ao novo termo, fica difícil escapar da atividade. 

Bem, apesar das facilidades que as microinterações trazem, você já deve ter entendido que a funcionalidade precisa ser o mais importante, não é? 

Não faz sentido uma empresa focar estritamente nessas interações com o usuário, se o produto não é intuitivo nem funcional. 

O que queremos dizer é que, acima de tudo, o seu produto deve ser útil!

E saiba que muitas vezes o simples funciona e o básico pode até chamar mais atenção do que os demais. 

Inclusive, antes de efetivamente implementar as microinterações na sua marca, é interessante estudar o seu público-alvo.

Ele realmente se importa com pequenas animações que pulam na sua tela de forma engraçadinha? 

Talvez o grupo de pessoas que você busca atingir não deseja perder tempo com isso. 

Talvez o que interesse mesmo seja a agilidade, a eficiência e a funcionalidade daquilo que ele pagou para ter. 

Ou talvez ele goste de ter essas microinterações como um plus na relação com a marca. 

O que deve ficar claro é que elas nunca vão se sobreporem à funcionalidade do produto. Podem até ser algo a mais a ser entregue, mas nunca serão as protagonistas. 


Então, o que devo fazer? 

Se você está pensando em aplicar na sua empresa, a nossa dica é que destine um tempo para analisar as possibilidades. 

Se pergunte:

  • A sua aplicação é imprescindível para que o usuário conclua suas ações? 
  • O seu público-alvo se interessa por este tipo de reforço nas interações? 

Resumindo: as micointerações podem ser úteis, mas precisam ser bem aplicadas. 

Se começar a colocá-las em toda e qualquer interação, acabam sobrecarregando e tendo um efeito contrário do desejado. 

Podem, inclusive, tornar a experiência do usuário mais cansativa. E se for um produto usado na rotina, os efeitos serão ainda mais exaustivos. 

Siga as recomendações da experiência do usuário e aplique na sua empresa somente aquilo que pode facilitar a sua interação! 


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