O que Starbucks pode nos ensinar sobre a importância de investir na economia da experiência

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Você sabe o que acontece com a mente humana quando ela é submetida a uma experiência?

Somos dotados de cinco sentidos: visão, paladar, audição, tato e olfato que quando submetidas a estímulos passam a provocar determinadas sensações em nós. A partir destes estímulos podem (ou não) surgir emoções e sentimentos que acontecem quando nossa mente julga negativa ou positivamente um objeto ou evento. O grau destas emoções e sentimentos é que vai definir por quanto tempo a experiência ficará em nossa memória.

A economia da experiência leva em conta cada estímulo sensorial de nossa mente a fim de produzir em nós sensações dignas de provocarem emoções e assim gerar em nós uma memória afetiva relacionada à marca.

A emoção é seu maior vendedor

No post anterior nós explicamos como funciona a economia da experiência, agora vamos ao que interessa: de que forma isso fará com que suas vendas aumentem?

Você sabia que a emoção é capaz de influenciar totalmente no processo de decisão de compra do consumidor? Ao gerar um sentimento positivo em seu cliente você estabelece uma conexão emocional com ele capaz de convencê-lo a comprar seu produto.

Experiências importam mais do que coisas

Parece piegas, né?

No entanto, existe um conceito muito enraizado na última geração: experiências são melhores do que coisas. Se você começar a observar as empresas que mais crescem hoje, verá que são as que oferecem experiências.

Mas o fato é que as pessoas cada vez mais vêm trocando os tradicionais produtos “característica-e-benefício” por experiências “sensação-sentido”, ou seja, estímulos que as façam felizes. Isso porque ao comprar coisas, a sensação de felicidade dura por um pequeno período de tempo. Coisas novas são excitantes no início, mas depois vem a adaptação e elas acabam tornando-se normal.

Com as experiências, ocorre justamente o contrário. As mesmas podem aumentar nossa satisfação com o passar do tempo, isso porque acabam por ser parte de nós.

Feche seus olhos e pense sobre o que mais marcou sua vida. O que veio a sua mente? O último celular que você comprou ou o último show que você foi?

A primeira coisa que vem a nossa mente são os momentos, correto?

Mas então por que as pessoas consomem mais coisas do que experiências? Coisas são mais fáceis de encontrar, além de nos permitirem comparações. Experiências não. Foi enxergando o quanto as pessoas valorizam uma boa experiência que Starbucks passou de uma cafeteria normal para a maior do mundo. Se você parar para analisar, a marca não possui nenhum ingrediente especial em seu café.

No entanto, é por conta da aposta em um ambiente acolhedor, na trilha sonora legal, nas mesas confortáveis perto de tomadas, na iluminação e na possibilidade de customizar os cafés que Starbucks é o que é. Se você for nos 60 países diferentes em que a marca está presente, encontrará o mesmo ambiente onde pode sentar e carregar seu laptop, acessar a internet e ainda tomar um café do jeito que você gosta.  Isso criou nas pessoas uma identificação muito grande com a marca.

É isso que agrega valor ao produto. As pessoas não se importam em pagar mais para ter uma boa experiência. Trata-se de um exemplo simples, que pode transformar produtos comuns em experiências singulares.