Antes de tudo, gostaria de avisar você: este post foi escrito com o objetivo de provocar, fazer com que você fique inquieto, vá dormir remoendo cada parágrafo e acorde cheio (a) de ideias disruptivas. Aliás, é sobre isso que queremos falar hoje: disrupção. Vamos lá?
Começamos falando sobre tecnologia: até 2020 a estimativa é de que mais de três bilhões de pessoas que nunca acessaram a internet na vida estejam conectadas à rede. É neste emaranhado de conexões e novidades da tecnologia que surgem as novas formas de fazer negócio.
É inegável o fato de que a tecnologia transformou e continua transformando a vida de todo mundo, mas a forma como a utilizamos é que vai dizer o quanto essa transformação será impactante.
Por exemplo, se você tiver uma empresa com as tecnologias mais inovadoras do mercado e não possuir um plano de negócios tão inovador quanto, não vai adiantar muita coisa. Afinal, um aplicativo que permita chamar táxi pelo celular é muito legal. Agora, um aplicativo com um plano de negócios que, além de oferecer serviços mais baratos que os táxis convencionais, não utiliza carro próprio, estimula a colaboração, cria uma nova forma de trabalho e remuneração: isso é disrupção!
As grandes empresas entenderam isso e hoje vemos mudanças drásticas em vários aspectos dos negócios. O ramo hoteleiro, por exemplo, sofreu uma reviravolta com a chegada do Airbnb. O sistema comunitário de hospedagem hoje possui mais quartos disponíveis que qualquer rede hoteleira do mundo. Isso porque oferece benefícios tanto para o locatário, quanto para o locador e estimula o compartilhamento.
A tecnologia só assume o papel de transformadora se por trás dela existirem mentes com ideias disruptivas.
Mas o que é um modelo de negócios disruptivo?
Trata-se de algo que renova o mercado derrubando certezas consideradas absolutas. Os atuais modelos de negócios são disruptivos porque quebram com um “padrão” e desafiam os mercados tradicionais a se reinventarem. E em meio a esta onda de inovação, quem decide cruzar os braços e ver tudo acontecer de longe, sem participar do processos, corre um grande risco.
O que pode dar errado se eu não acompanhar evolução dos modelos de negócio?
Lembra da Kodak? Foi a maior empresa de fotografia do planeta, nos anos 70 ela tinha 90% das vendas de filmes e 85% das vendas de câmeras nos Estados Unidos, mas aí chegou a fotografia digital. A novidade mexeu com as estruturas da empresa que, ao invés de abraçar o novo e direcionar seu capital para a visível tendência, decidiu resistir e manter a fotografia impressa por muito tempo. Isso até seus produtos se tornarem inúteis. Infelizmente, a consequência para empresas que fecham seus olhos para a inovação é um só: a morte. Em 2012 a Kodak decretou falência. hoje tenta um renascimento às duras custas, mas está muito longe de voltar a ser o que era.
Calma! Isso não significa que você deve alterar completamente seu plano de negócios.
Esse texto é para instigar e inquietar você a buscar formas de aprimorá-lo e ajustá-lo aos novos tempos. Você pode começar, por exemplo, olhando para sua empresa e tentando descobrir de que forma pode ajustá-la às novas formas de negócio. Aqui vão algumas dicas:
Quanto mais personalizado for o seu serviço, melhor. Ofereça produtos sob medida, que se encaixem nas necessidades dos clientes. Personalize seu atendimento. Busque novas ferramentas que permitam uma maior aproximação com o público. Invista em um ecossistema colaborativo.
Em meio a tudo isso, uma coisa é certa: o mundo está mudando e cabe aos gestores incentivarem ideias inovadoras e disponibilizarem ferramentas para que sua empresa possa agir rápido diante das inúmeras mudanças.